quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Primeiro curso internacional da Emater-Pará terá participantes de 17 países

Agência Pará de Notícias
Atualizado em 28/12/2011 às 13:45

Vinte estrangeiros, de 17 países, de três continentes diferentes (América, Ásia e África) serão os alunos do primeiro curso internacional promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), a Capacitação em Metodologias de Assistência Técnica e Extensão Rural (Training em Methodologies for Technical Assistance and Rural Extension), que acontecerá em janeiro do ano que vem, em Bragança, no nordeste do estado.
A iniciativa tem parceria da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), da Agência Brasileira de Cooperação, que é vinculada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU).
Os participantes foram selecionados por meio de inscrição voluntária e análise de currículos. Todos são agentes públicos (mas não necessariamente de órgãos de assistência técnica), graduados em ciências agrárias ou em áreas afins à extensão rural e têm fluência em inglês. Alguns vêm de regiões especialmente afastadas do Brasil, como Burkina Faso, na África, e a República do Quirguiz, na Ásia Central. O regime monárquico também se fará representado pelo Marrocos. Dos 17 participantes, quatro são mulheres.
A maior parte dos países, também, tem caracterização linguística, cultural, religiosa e geográfica muito diferente da situação brasileira: entre os envolvidos, há sociedades islâmicas, em guerra civil, sob risco de catástrofes naturais, com guerrilhas armadas ocupando as zonas rurais, com brigas tribais ou sofrendo violenta disputa de terras. Um outro fator curioso é que a capacitação reunirá Estados ou milícias nativas em conflito entre si, como República Democrática do Congo (antigo Zaire) e Burundi, ou Paquistão e Uzbequistão. “Os critérios para a escolha dos participantes foram plurais - considerando, por exemplo, experiência de campo, titulação acadêmica e diversidade cultural”, explica o chefe do Núcleo de Tecnologia e Apoio da Emater, engenheiro florestal Márcio Nagaishi, que faz parte da coordenação do curso.
O curso será realizado de 16 a 27 de janeiro, na Unidade Didático-Agroecológico do Nordeste Paraense (UDB), da Emater. As 80 horas de aula  - teóricas e práticas - serão ministradas em português por especialistas da Emater, com tradução simultânea oral e técnica para o inglês. O foco da capacitação são as metodologias participativas: métodos, técnicas e ferramentas. O principal material didático será a terceira edição do livro Metodologias de Ater e Pesquisa com Enfoque Participativo, de autoria de uma equipe multidisciplinar de cientistas da Emater. A publicação, trilíngue (português, inglês e espanhol), tem o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
“A rigor, as metodologias, como ciência, são universais, mas o enfoque participativo é um movimento mais recente, sobretudo nos países em que a agricultura é um segmento em desenvolvimento”, explica a pedagoga da Emater Ivanete Alves, que ministrará aulas. Algumas dessas metodologias, aponta Alves, como a Caminhada Transversal (em que se percorre a propriedade) e a Rotina Diária (pela qual se identifica a divisão de tarefas dentro das famílias, como o trabalho de mulheres e jovens) podem se apresentar como inéditas à trajetória de países com conflitos agrários sérios, impregnados de fanatismo religioso ou historicamente machistas.
Além disso, particularidades como restrição alimentar por conta de religião também serão levadas em conta na ocasião da hospedagem na UDB. “A alimentação fornecida dará opção a todos. Porém, uma das determinações de que a Emater não abriu mão foi o alojamento em quartos duplos, porque é parte da filosofia do curso promover a interação pessoal”, explica a engenheira florestal da Coordenadoria Técnica (Cotec) da Emater Daniela Souza.
Para a coordenadora do curso, a pedagoga da Emater Ana Lúcia Guerreira, chefe do Núcleo de Metodologias e Comunicação (NMC), a proposta do curso é contemplar todas as perspectivas e contextos de desenvolvimento rural, “respeitando os credos e hábitos, mas sensibilizando para a igualdade dos gêneros, a interação social, a agroecologia e a sustentabilidade”, resume.
Texto:
Aline Miranda - Emater
Fone: (91) 3256-5410 /
Email: arpim@emater.pa.gov.br

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Paragominas começa a plantar cebola, cultivo comercial inédito no Pará


cultivo comercial de Cebola, inédito no Pará
Foto: Arquivo Emater
Desde agosto deste ano, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Paragominas, no nordeste do estado, vem incentivando agricultores familiares a começar a cultivar cebola, um dos principais ingredientes da culinária brasileira que até então nunca tinha sido experimentado comercialmente, em nível considerável, nos solos produtivos do Pará.
Como a cebola é uma hortaliça vulnerável ao calor, foi necessário lançar mão de uma variedade desenvolvida para o nordeste do país, a IPA-11.
A iniciativa, aplicada em caráter piloto na propriedade de 10 hectares do produtor Gilson Ramos, foi demonstrada tecnicamente em 7 de dezembro para outros 20 agricultores. “Há cinco meses implantamos uma unidade de observação [uo]. A produtividade se revelou 60% maior do que a média no nordeste brasileiro, talvez pela correção química e pela adubação que realizamos”, comemora o engenheiro agrônomo Roberto Ianês, chefe do escritório local da Emater.
Tradicional fruticultor (sobretudo de banana, maracujá e manga), Ramos dispensou à cebola meio hectare, do qual colheu 16 toneladas.  Cada quilo foi imediatamente vendido a R$ 1, para supermercados. O lucro do produtor chegou a 50%.
“A cebola se enquadra perfeitamente como atividade da agricultura familiar, porque satisfaz uma necessidade alimentar das próprias famílias e tem o custo quase todo concentrado em mão-de-obra, que é o principal recurso que essas famílias possuem”,  contextualiza Ianês.
De acordo com ele, ainda, plantar cebola casa com o atual mérito de Paragominas como “município verde”, reconhecido tanto pelo governo do estado quanto pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como um movimento recente que substituiu desmatamento histórico por ações de sustentabilidade.
“Cebola é uma cultura de vantagem ecológica porque tem alta produtividade, em comparação às roças típicas de subsistência, como o milho. Um hectare de cebola, por exemplo, representa financeiramente a colheita de 10 hectares de milho”, explica.
Texto: Aline Miranda

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

EDITAIS ABERTOS

Car@s Amig@s,
Tenho recebido via e-mail várias informações sobre Editais abertos para captação de recursos.
Abaixo transcrevo três, espero está contribuindo com as comunidades, lideranças e protagonistas da história de luta dos povos da região norte.

Prêmio Agente Jovem de Cultura
Ministério da Cultura premia Iniciativas culturais de pessoas entre 15 e 29 anos
Conforme foi apresentado no Seminário Nacional dos Delegados do MDA, segue abaixo o esperado Edital de Cultura para Juventude.
Este Edital é uma parceria inovadora entre o MinC, MDA, MS e a SNJ, onde irá premiar iniciativas culturais de jovens entre 15 e 29 anos com o valor de R$ 9 mil.
As inscrições para a premiação estarão abertas de 15 de dezembro a 31 de janeiro de 2012.

IAF recebe propostas para apoio a projetos até 30 de janeiro
A Fundação Interamericana (IAF) recebe, até 30 de janeiro de 2012, propostas para financiamento de projetos - principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte. A Fundação tem interesse especial em apoiar organizações de base nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Propostas do oeste da Bahia, norte de Minas, oeste de Pernambuco e dos estados do Piauí e Maranhão também serão consideradas. Os recursos para projetos variam de 25 mil a 400 mil dólares.
http://www.rets.org.br/?q=node/1391


Fundo Brasil abre inscrições no dia 25 de novembro

O Edital 2012 do Fundo Brasil de Direitos Humanos está recebendo inscrições até o dia 27 de fevereiro de 2012. As propostas devem ter como foco a defesa e promoção dos direitos humanos sob a perspectiva de combate à discriminação e à violência institucional, essa última entendida como qualquer forma de violação a direitos humanos promovida por instituições oficiais e/ou suas delegações. Todas as instruções para o envio de projetos poderão ser conferidas no site www.fundodireitoshumanos.org.br.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Contaminação de Alimentos por Agrotóxicos

POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS E AGROTÓXICOS


Anvisa atualiza dados sobre contaminação de alimentos por agrotóxicos

Número 567 - 09 de dezembro de 2011
 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária lançou esta semana os dados do PARA referentes ao ano de 2010. PARA é o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, que através de um processo de amostragem realizado em quase todos os estados, há dez anos monitora a presença de agrotóxicos nos alimentos frescos mais consumidos pelos brasileiros.

A notícia motivou o Jornal Nacional a produzir uma série de três reportagens sobre o problema do uso abusivo de agrotóxicos em nosso país. Talvez pela primeira vez num veículo de comunicação deste alcance tenhamos visto a especialista entrevistada afirmar que “nem mesmo uma boa limpeza é capaz de remover todo o resíduo de agrotóxicos dos alimentos” e a matéria concluir que, portanto, “a solução está no campo: reduzir ou até eliminar o veneno na hora de plantar”. Mais louvável ainda, foi a reportagem seguir para o campo mostrando experiências consolidadas de produção agroecológica de alimentos e dar voz a produtores e especialistas afirmando que, de fato, não há limitações técnicas para a conversão do modelo vigente da agricultura para bases mais ecológicas.

Como sabemos e tentamos demonstrar há algumas décadas: esta questão é de fundo político-econômico; com políticas e programas adequados, a agroecologia tem sim o potencial de abastecer a população com alimentos saudáveis e a preços justos.

Outra informação que chama muito a atenção nos dados do PARA 2010 é um gráfico mostrando que em 37% das amostras analisadas não foi encontrado NENHUM resíduo de agrotóxicos. Esta informação, surpreendente, no fundo condiz com os dados do último Censo Agropecuário do IBGE, que mostrou que em 72% das propriedades agrícolas familiares não foi utilizado nenhum tipo de agrotóxico em 2006. São dados que só reforçam nossa tese de que, com políticas e programas adequados – que dependem fundamentalmente de o governo entender esta questão como estratégica e prioritária – podemos converter nossa base produtiva para sistemas de produção muito mais limpos, que conservem os recursos naturais, promovam a boa a saúde dos agricultores e consumidores e ainda melhorem as condições de vida dos trabalhadores rurais.

Informações detalhadas sobre os dados do PARA 2010, mostrando que 92% das amostras de pimentão analisadas, 63 % do morango, 57% do pepino, e assim por diante, estão fora dos padrões permitidos pela legislação, estão disponíveis na página eletrônica da Anvisa. Informações mais detalhadas ainda podem ser consultadas no relatório completo do PARA.

1 Milhão de Cisternas

Decisão do MDS pode levar ao fim o Programa Um Milhão de Cisternas

“A dor da morte é não acabar com o nordestino
A dor do nordestino é ter as pena exagerada”
(Guerra de Facão – Wilson Aragão)

Após oito anos de parceria com o Governo Lula, a decisão do governo federal, expressa pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), de não mais renovar os Termos de Parceria com a
Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), pode levar ao fim uma das ações mais consistentes de garantia de água para as famílias do meio rural semiárido: o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Sem dúvida o maior programa com apoio governamental de distribuição de água e cidadania, em uma região onde antes só existia fome, miséria e a indústria da seca.

O P1MC, premiado até pela Organização das Nações Unidas (ONU), gestado e executado pela ASA (rede de organizações da sociedade civil), já beneficiou diretamente mais de dois milhões de pessoas, em 1.076 municípios, a partir da construção de quase 372 mil cisternas de placas, envolvendo 12 mil pedreiros e pedreiras. Os resultados são tão expressivos que a construção de cisternas se configura como a
principal proposta do Programa Água para Todos.

A argumentação é que a partir de agora o governo federal vai priorizar a execução do Programa, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, apenas via municípios e estados, excluindo a sociedade civil organizada. A sugestão dada pelo MDS é que a ASA negocie sua ação em cada um dos estados comtemplados.

Para além da parceria com estados e municípios, o governo também anuncia a compra de milhares de cisternas de plástico/PVC de empresas que começam a se instalar na região. Ou seja, o governo não apenas rompe com a ASA, mas amplia a estratégia de repasse de recursos públicos para as empresas privadas.

Consideramos isso um retrocesso, o que pode gerar um retorno claro e nítido a velhas práticas da indústria da seca, onde as famílias são colocadas novamente como reféns de políticos e empresas, tirando-lhes
o direito de construírem sua história. É também uma tentativa de anular a história de luta e mobilização no Semiárido, devido à incapacidade do próprio governo em atuar com as ONGs, sem separar o joio do trigo, e não ter, até hoje, construído um marco regulatório para o setor, uma das promessas de campanha da presidenta Dilma.

A autonomia da execução das suas ações e a transparência no uso dos recursos sempre foi base para esse trabalho. Vale salientar que a ASA foi considerada pelo ministro chefe da Controladoria Geral da União,
Jorge Hage Sobrinho, na abertura do Seminário Internacional sobre Marco Legal, e pelo secretário executivo do mesmo órgão, Luiz Navarro, em programa aberto de TV, um exemplo na gestão de recursos públicos.

As ações da ASA não são reconhecidas apenas no Brasil, que renderam uma dezena de prêmios, a exemplo do Prêmio Direitos Humanos - categoria Enfrentamento à Pobreza, promovido pelo próprio governo federal e entregue pelo então presidente Lula, no final do ano passado, mas também internacionalmente, como referência de gestão e inclusão social no campo do acesso à água e do direito à segurança alimentar e nutricional das famílias carentes do Semiárido (ONU).

Nesse contexto, a ASA avalia que o Estado precisa cumprir sua função na garantia dos direitos da população brasileira, inclusive, dando condições para que os entes federativos possam executar as políticas
localmente. No entanto, isso não pode significar a exclusão da sociedade civil organizada e o desprezo a sua capacidade de contribuição que tanto já serviu de modelo para atuais políticas públicas, em especial às de convivência com o Semiárido.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Plantio de cebola é realidade emParagominas



Tudo começou quando os agricultores Antonio Carlos e Gilson Gomes ouviram com atenção dois trabalhadores rurais pernambucanos que vieram em busca de trabalho em Paragominas. Depois de um ano aqui na cidade, Carlos Augusto e Matias da Silva Sousa  foram trabalhar no Condomínio Rural.
Foi nesse período que começaram a comentar que plantar cebola seria viável, já que o custo benefício deixa um bom lucro até mesmo para pequenos produtores. Carlos Augusto e Matias sabiam do que estavam falando, e falaram com tanta propriedade que conseguiram convencer Antonio Carlos e Gilson Gomes a investir num experimento com acompanhamento técnico do engenheiro agrônomo Roberto, da Emater.
Lá na cidade de Juazeiro, em Pernambuco, os dois eram cultivadores de cebola e aqui entraram também no negócio com a experiência de quem conhece o ramo.
Mas para os paragominenses, isso seria praticamente impossível, já que nunca se havia falado que estas terras seriam propícias para o plantio de cebolas de cabeça.
Depois de 120 dias de intenso trabalho, o resultado foi melhor que o esperado. “Hoje já podemos dizer que Paragominas tem uma terra bastante produtiva e a cebola pode ser inserida na lista dos produtos da agricultura familiar”, disse Antonio Carlos.
O investimento é pequeno, dependendo da capacidade e do tamanho da área a ser cultivada e o lucro é garantido se houver parceria com os órgãos competentes e, principalmente, o apoio técnico da Emater e o acompanhamento da Secretaria de Agricultura Municipal.
Gilson Gomes e Antonio Carlos, impulsionados pela motivação de Carlos Augusto e Matias da Silva Sousa se tornam os primeiros agricultores a acreditar numa idéia inovadora para a região e terão a oportunidade de sacudir o mercado interno colocando nos supermercados e nas feiras cebola da melhor qualidade e com preço altamente competitivo.
O engenheiro agrônomo Roberto, da Emater, disse que ficou extremamente satisfeito com a experiência e com o resultado positivo obtido com esta colheita. “A gente vê que a cebola plantada neste campo experimental é de boa qualidade e não deixa nada a desejar com a cebola que vem de outros estados. Isso significa dizer que se os agricultores quiserem, poderão ter uma margem de lucro muito maior que o milho, com menos trabalho e com boa produção”, concluiu.
O secretário municipal de Agricultura, Marcos Amaral, que esteve presente neste momento histórico para a agricultura familiar disse que está certo de que a partir deste experimento, muito bem elaborado pelo engenheiro agrônomo Roberto e pelos agricultores Antonio Carlos e Gilson Gomes, Paragominas dá mais um passo importante nesta nova cultura e que o prefeito Adnan Demachki dará todo o apoio necessário para que o município se torne um grande produtor de cebolas de cabeça, incentivando o incremento deste produto no mercado interno.
Texto: Jorge Quadros
Jornalista DRT-PA 2138
FONTE: Extraido do site da Prefeitura de Paragominas.

Tecnologias trazem inovações para o cultivo da mandioca no Pará


Tecnologias trazem inovações para o cultivo da mandioca no Pará
O estado do Pará é o maior produtor de mandioca do país, com uma área de 300 mil hectares cultivados anualmente por 400 mil agricultores familiares caracterizados pelo baixo nível tecnológico e produtividade. Dois processos desenvolvidos pela Embrapa Amazônia Oriental, no entanto, podem contribuir para melhorar esse quadro: o Trio da Produtividade e a Roça sem Fogo.
Essas tecnologias compõem um vídeo que foi lançado na última quarta-feira (30), em Abaetetuba (PA), durante o seminário Tecnologias para a produção de Mandioca no Baixo Tocantins. O audiovisual pode ser acessado no seguinte canal do YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=U_ccIkC-4VM.
“A adoção de tais tecnologias, permitiria, em médio prazo, o aumento da produtividade da mandioca de 16 para 30 toneladas”, estima Moisés Modesto, analista da Embrapa e coordenador do seminário. Ao adotar os processos, segundo Modesto, o produtor pode garantir, além do aumento da produtividade da mandioca, a sustentabilidade ambiental e melhoria da qualidade dos produtos.
Evento - O seminário teve a participação de mais de 60 pessoas, entre técnicos, representantes e lideranças rurais, dois secretários municipais de agricultura (Moju e Abaetetuba) e técnicos da Emater de diversos municípios, como Moju, Acará, Abaetetuba.
A abertura do evento foi feita por Francineti Carvalho, da Prefeitura Municipal de Abaetetuba. Posteriormente pesquisadores e analistas da Embrapa Amazônia Oriental ministraram palestras a respeito de tecnologias para a produção agroecológica da mandioca na Região do Baixo Tocantins e apresentaram resultados de pesquisas relacionados à cultura do tubérculo.
Foto: Ronaldo Rosa
FONTE: Recebido por e-mail.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Movimento Gota D'água

Dia do Extensionista Rural

PARABÉNS ! à Tod@s Extensionistas Rurais!
Hoje é o dia que é dedicado a homenagear os Profissionais das diversas formações que estão fazendo Assistência Técnica e Extensão Rural.
Na Amazônia, particularmente no Pará o fazer extensão é carregado de desafios que são vencidos, dia-a-dia no trabalho de campo.
As visitas às propriedades, aos lotes, às unidades de produção familiar, entre outros nomes que possam dar ao lugar de moradia e reprodução familiar dos agricultores familiares, são, entre outras estratégias, um moment de engrandecimento e de perspectivas do desenvolvimento da agricultura familiar.
Neste dia, refletirmos sobre o importante papel dos Extensionistas, a mão invisivel, a contribuição com a informação precisa na hora certa, assim como, na contrução de uma nova realidade do meio rural brasileiro.
IMAGEM: ASBRAER

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Belém do Pará sedia pela primeira vez Assembléia da ASBRAER


Começa a Assembléia Geral da Asbraer em Belém


A assembléia da ASBRAER foi aberta pelo presidente da instituição Julio Zoé de Brito (C) e contou com a participação de autoridades estaduais e federais, além de 22 dirigentes das entidades oficiais de ATER
Belém – O presidente da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER), Júlio Zoé de Brito, abriu, na manhã de hoje (30), a 41a Assembléia Geral Ordinária da instituição na capital paraense. Ele afirmou que acabar com a miséria no país é um dos grandes desafios da extensão rural brasileira. “Temos um Chile  — 16 ou 18 milhões —  de brasileiros abaixo da linha da miséria. Em contrapartida, temos um Portugal — 10 milhões —  de agricultores familiares”, comparou Júlio Zoé a fim de dar a dimensão do cenário que se coloca para o setor.
O presidente da ASBRAER afirmou também que não adianta ter programas ou recursos se não há extensão rural. Segundo ele, boa parte dos agricultores familiares nem sequer sabe da existência do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (PRONAF), que este ano conta com R$ 16 bilhões para o segmento. Júlio Zoé reafirmou que a extensão rural tem que ter um caráter permanente. Ele reconhece que a Lei de ATER precisa ser aperfeiçoada, mas nem por isso deixa de ser um instrumento valioso que recolocou a extensão rural na pauta política do Congresso Nacional. “Este ano,já participamos de quatro o cinco audiências públicas na Câmara dos Deputados”, lembrou o presidente da ASBRAER.
Participam da assembléia 22 estados. O encontro foi prestigiado pelo presidente do Banco da Amazônia, Abdias Júnior; pelo secretário Especial de Desenvolvimento e Incentivo à Produção do Banco do Brasil, Sidney Rosa, e outras autoridades do estado. O diretor do Departamento Assistência Técnica e Extensão Rural (DATER), do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins, representou o ministro Afonso Florence.
Encerrada a cerimônia de abertura, na qual a presidente da Emater-Pará, Cleide Maria Amorim, foi homenageada como anfitriã do encontro e por ser a primeira mulher, em mais de 40 anos a comandar uma instituição de ATER no Pará, além ter sido reconhecida a agrônoma do ano pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-Pará), o encontro se transformou em uma reunião de trabalho. O principal tema é a recriação da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMBRATER), extinta no início dos anos 1990.
O presidente Júlio Zoé informou que a ASBRAER contratou um consultor para formatar uma proposta a ser apresentada à presidente Dilma Rousseff. Em recente encontro ocorrido em Brasília houve um aprofundamento das discussões e do formato que o futuro órgão de ATER deverá ter, a fim de dar coesão à política e centralizar os recursos de assistência técnica e extensão rural dispersados pelos diferentes organismos de governo.
O diretor do DATER, Argileu Martins, exaltou a importância que a extensão conquistou nos últimos anos em todo o país. Com o fim da EMBRATER, a categoria caiu no esquecimento, embora tenha continuado o seu trabalho ao lado dos agricultores familiares.
Hoje, afirmou Argileu Martins, “todo mundo quer ATER — Ministério da Agricultura, Embrapa, Ministério do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Social. A extensão rural ganhou a densidade política que nunca deveria ter perdido”. Mas ele reconheceu que, embora prestigiada, a extensão rural enfrenta problemas. Entre as dificuldades, ele citou as chamadas públicas. “Como o gestor vai contratar um profissional por 35 anos, quando o projeto em que esse extensionista vai trabalhar terá duração apenas de 2 ou 3 anos?”, questionou o diretor.
De acordo com Argileu, o extensionista rural trabalha com o agricultor familiar. “O grande agricultor não precisa da gente para nada”, afirmou o diretor do DATER.  Mas diante dessa constatação, ele acredita que a categoria tem uma questão a ser respondida: “Onde queremos chegar?” A construção da resposta exige maturidade política.
Fonte: Ascom Asbraer