segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nascem primeiros bezerros de programa de melhoramento genético em Ipixuna


Os primeiros bezerros crias de vacas inseminadas artificialmente já começaram a nascer nas oito comunidades rurais que fazem parte do Programa Municipal de Melhoramento Genético da Bovinocultura em Ipixuna do Pará, no nordeste do estado. O Programa é coordenado pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com a Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento (Semab), Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras (Aimex) e Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri).
Trinta bezerros geneticamente melhorados já compõem o rebanho das 45 famílias pioneiras do Programa. São animais com pré-disposição biológica à produção de leite - tanto em termos de quantidade, como de qualidade. Uma matriz comum, por exemplo, costuma render no máximo seis litros por dia; uma geneticamente melhorada pode alcançar dez litros.
Desde julho de 2009, quando o primeiro grupo de fêmeas foi inseminado, pelo menos 726 vacas já receberam sêmen especial. Em três anos, a prole já terá se desenvolvido o suficiente para começar a fornecer leite. A idéia está se disseminando tão positivamente entre os agricultores familiares que, em menos de um ano de Programa, outras 17 famílias já aderiram, aumentando o número de beneficiadas para 62.
"Obviamente é um programa de médio prazo. Talvez isso seja também um dos pontos pelos quais o agricultor infelizmente tenha dificuldade em acreditar que essa tecnologia fará diferença de verdade. A tradição em Ipixuna é cruzar a vaca de qualquer jeito, principalmente com touros nelore, cuja raça tem aptidão para carne, não para leite. Queremos provar e garantir que o rebanho do agricultor familiar tenha características genéticas favoráveis à produção de leite, para que se alcance alta produtividade. Junto com as inseminações, o Programa prevê uma campanha, já em curso, para que outros produtores vejam e se interessem, o que já vem acontecendo", comemora a bióloga e engenheira agrônoma Lidiane Silva, chefe do escritório local da Emater.
 As famílias participantes têm entre seis e trinta vacas. Os animais inseminados são escolhidas pelos próprios produtores como aquelas de melhor potencial reprodutivo natural. As inseminações são subsidiadas pelo Programa, reduzindo o custo unitário para até R$ 14 reais, quando o preço padrão é de no mínimo R$ 35. As operações são realizadas por inseminadores profissionais - técnicos da Semab  cedidos para a Emater, que também é responsável pelo transporte deles até as propriedades, via duas motos. A Semab fornece o combustível.
Embora a pecuária de leite seja uma das principais atividades da agricultura familiar no município, com cerca de 400 famílias atuantes, o sistema de produção é falho, com produtividade baixa e conseqüências ambientais desastrosas - já que, para fazer o pasto, o produtor acaba desmatando.
          "Historicamente, a mesorregião do nordeste paraense apresenta altos índices de desmatamento, e a pecuária é um dos motivos. Só que, quanto mais produtivo for o animal, menor será a necessidade de ampliação do rebanho; e, quanto menor o rebanho, menor o pasto. Acreditamos que, com o Programa, o desmatamento provocado pela pequena pecuária irá diminuir. Até porque a agricultura familiar não se baseia na expansão desmensurada do próprio negócio: a estrutura da produção familiar é limitada pela mão-de-obra doméstica, por exemplo. O produtor vai se satisfazer com um rebanho reduzido superprodutivo", explica o engenheiro agrônomo da Emater Valdeides Lima.
Com o aumento da produção e da qualidade do leite em Ipixuna, a tendência é que as indústrias com potencial comprador se associem às comunidades, até instalando resfriadores ali mesmo. Também se pretende acelerar outros aspectos da cadeia produtiva, como o beneficiamento, com a fabricação comercial de derivados lácteos, sob a constituição de agroindústrias.
"É necessário formar uma bacia leiteira em Ipixuna. Há produção; o que falta é organização da produção. Estamos batalhando nesse sentido", diz o secretário municipal de agropecuária e abastecimento Ailton Santana, um dos mentores do Programa e também extensionista da Emater.
 Texto: Aline Miranda
Fonte: site EMATER-PARÁ

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Qualificação de agentes de ater para dendê inicia primeiro módulo

Começou nessa segunda-feira (24) o primeiro módulo do Programa de Qualificação de Agentes da Assistência Técnica e Extensão Rural para a Cultura do Dendê na Região Amazônica, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Oriental, com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). A iniciativa é parte do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), que tem regência interministerial do governo federal. O investimento nessa primeira turma é de quase R$ 300 mil, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
São quarenta alunos de oito instituições públicas e privadas, como Petrobras e Agropalma. As aulas, que se estendem até quinta-feira (27), acontecem na sede da Embrapa em Belém. Do curso total, que compreende carga de 176 horas divididas em cinco etapas, o primeiro e o segundo módulos, programados para durar até começo de julho, são ministrados por especialistas da Emater - entre eles, o diretor técnico, engenheiro agrônomo Raimundo Ribeiro, que proferiu a palestra de abertura, "Agricultura familiar e desenvolvimento rural sustentável na Amazônia".
"Em meio a diversas crises, como a energética e a do esvaziamento do campo, o agricultor familiar tem que ter a percepção clara de que sua prática é também responsável pela conservação dos recursos naturais, pelo fortalecimento do patrimônio cultural e pela qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. O dendê, para ser sustentável e agroecológico, tem que compor com o que já está dentro da propriedade, e não se tranformar em monocultura. O que o governo do estado e o governo federal querem é inclusão social, desenvolvimento regional, geração de emprego e renda, respeito ambiental e sustentabilidade", explicou Ribeiro.
Os doze extensionistas da Emater que estão se qualificando representam sobretudo a região do Tocantins, onde a Empresa tem desenvolvido projetos específicos em pelo menos 10 municípios, com envolvimento de três mil e duzentos agricultores familiares. Vale ressaltar que desde o ano passado o dendê foi incluído na linha de crédito para investimento em energia renovável e sustentabilidade ambiental do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Segundo a coordenadora de logística da qualificação, da Embrapa, engenheiro agrônoma Mazillene Borges, ao final do curso os qualificados "se tornarão prontos para trabalhar com ater para a cultura do dendê, auxiliando os agricultores familiares interessados a desenvolver a atividade de modo socialmente includente e ambientalmente responsável", diz.
Texto: Aline Miranda
FONTE: Site EMATER-PARÁ

Ipea: fabricação de biocombustíveis não vai prejudicar produção de alimentos


Apesar do avanço das lavouras de cana-de-açúcar sobre áreas destinadas à pecuária e à agricultura nos últimos anos, uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentada ontem (26/05/10) afirma que o país não vai perder potencial como produtor de alimentos em função desse crescimento. Para isso, no entanto, o estudo Biocombustíveis no Brasil: Etanol e Biodiesel (clique no título para acessar o estudo - 6,4 Mb/arquivo PDF), ressalta a necessidade de o Estado regular a fabricação de etanol e priorizar a produção de alimentos com financiamento e infraestrutura.

O documento apresenta como um dos grandes desafios do mercado de etanol a estabilidade dos preços, que atualmente apresentam forte volatilidade durante o ano. Além da formação de um grande estoque regulador a partir deste ano, que estará contemplado com R$ 2,4 bilhões no próximo plano safra, outras medidas para evitar tais oscilações são a consolidação das compras futuras e a liberação da alíquota para importação de etanol, que era de 20% e foi suspensa pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) no início de abril deate ano.

O mercado internacional de etanol, segundo a pesquisa, poderá atingir 200 bilhões de litros nos próximos dez anos. Na última safra, o Brasil produziu 25 bilhões de litros, dos quais 4,7 bilhões foram exportados. O protecionismo aos mercados externos, entretanto, pode apresentar um empecilho a essa expansão, de acordo com o Ipea.

Para contrapor os argumentos protecionistas, que se referem à sustentabilidade socioambiental, o estudo mostra que algumas iniciativas importantes devem ser reforçadas, como o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, entre sindicatos, governo e usineiros; e o Zoneamento Agroecológico (ZAE) da Cana-de-Açúcar, que proíbe sua expansão e a instalação de novas usinas na Amazônia, no Pantanal e na Bacia do Alto Paraguai.

PARA SABER MAIS

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 53 (6,4 Mb - arquivo PDF).

Veja os gráficos da apresentação sobre etanol (81,8 Kb - arquivo PDF).

Veja os gráficos da apresentação sobre biodiesel (1,2 Mb - arquivo PDF).

FONTE
Agência Brasil
Danilo Macedo - Repórter
Talita Cavalcante – Edição
FONTE: site ASBRAER

Emater-Pará é premiada em Congresso Brasileiro de Apicultura e Pará é escolhido para sediar evento de 2014

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e o extensionista Ricardo Lustosa foram dois dos principais homenageados no XVIII Congresso Brasileiro de Apicultura, que aconteceu de 20 a 22 de maio em Cuiabá, reunindo mais de duas mil pessoas. A Empresa e o profissional foram reconhecidos pelo trabalho desenvolvido no Pará com estímulo à profissionalização da atividade apícola, georreferenciando toda a cadeia, e pela assistência continuada, com transferência de tecnologia, aos cerca de três mil agricultores familiares que criam abelhas no estado.
Desde 2007, a Emater tem se projetado nacionalmente no setor, quando uma experiência do escritório regional de Conceição do Araguaia, no sudeste do estado, passou a servir de exemplo de gerroferenciamento bem-sucedido, executado a partir de ferramentas de geotecnologias, como gps e softwares específicos.
A idéia foi apresentada, então, à Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), que a transformou em aplicação nacional, instituindo o Programa Nacional de Georreferenciamento Apícola (Pngeo), do qual a Emater é coordenadora técnica em todo o Brasil. Em 2008, inclusive, Emater e CBA assinaram um convênio oficializando a parceria e colocando o extensionista Ricardo Lustosa, do Laboratório de Geotecnologias (Labgeo) da Emater, à disposição da CBA, para auxiliar no aperfeiçoamento e expansão do Pngeo. O convênio foi renovado em 2009.
Outra boa novidade anunciada em Cuiabá foi a escolha do Pará para sediar o Congresso em 2014. Será a primeira vez em que o evento será realizado na região norte.
"Estamos muito orgulhosos. Desde 2007 a Emater vem aperfeiçoando seu trabalho com apicultura e fortalecendo toda a cadeia. A apicultura é uma cadeia inconteste da agricultura familiar. Hoje, municípios do nordeste paraense já são identificados como bons produtores de mel. Este ano, produtores de Aurora do Pará e Benevides, por exemplo, passaram a fornecer mel para a merenda escolar", diz o diretor técnico da Emater, engenheiro agrônomo Raimundo Ribeiro, que esteve presente em Cuiabá e recebeu a placa de homenagem à Empresa.
Durante o Congresso, também, o presidente da CBA, José Cunha, foi reeleito para um novo mandato, de quatro anos. Além disso, a Emater do Paraná assinou convênio com a CBA para execução do Programa no estado.
"Entraremos agora na etapa de consolidação dos trabalhos. A reeleição do presidente da CBA por aclamação reflete o respeito e o crédito pelos trabalhos executados pela entidade. E o projeto carro-chefe da CBA é justamente o PNGEO, que nos últimos meses atravessou uma onda de adesões e fortalecimento de apoios, como reuniões com MDA [ Ministério do Desenvolvimento Agrário], renovação de convênio entre Emater-Pará e CBA e determinação da Prodeb [Empresa Baiana de Processamento de Dados] para desenvolvimento da plataforma nacional web do Programa. Com o Pará sediando o Congresso de 2014, cresce a visibilidade nacional da Emater-Pará e o sucesso da apicultura paraense", diz o veterinário da Emater Ricardo Lustosa, que também representou a Emater no Congresso ministrando a palestra "A Importância do Georreferenciamento para a Apicultura Brasileira".

Texto: Aline Miranda
Foto: Ricardo Lustosa
FONTE: SITE EMATER-PARÁ

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Blog de todos nós....

Caros Amigos (as),

O Blog está no ar ha uma semana!

Podemos elencar alguns avanços, como por exemplo a participação das pessoas na enquete, as postagens de comentários nas notas e artigos publicados e a adesão dos seguidores.Penso que esse espaço é nosso, e para tanto, precisamos participar e interagirmos ainda mais!
Este espaço é construção, reflexão e proposição de temáticas ligadas ao meio rural e aos agricultores familiares, portanto, conto com a colaboração de todos para repassarem o endereço do blog e sobretudo, encaminharem suas contribuições para serem postadas.

Nessa semana continuaremos com a enquete sobre agroecologia.

Fico no aguardo de críticas e contribuições !!!

Um grande abraço!!

P.S. se tiverem fotos , favor encaminhar ao e-mail: alcirborges@hotmail.com, com legenda.

MDA libera recursos financeiros para o PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS – PAA – 2010

Atenção organizações da agricultura familiar de todo o país!
A partir desta data estão disponíveis os recursos financeiros para que os agricultores familiares, suas cooperativas e associações acessem os recursos disponíveis para as modalidades de:
- COMPRA DIRETA DA AGRICULTURA FAMILIAR – CDAF e,
- APOIO À FORMAÇÃO DE ESTOQUES PELA AGRICULTURA FAMILIAR – CPR ESTOQUE
Esta modalidade permite que as associações e cooperativas da agricultura familiar acessem, anualmente, recursos até o limite de 1.500.000,00 (hum milhão e quinhentos mil reais) por cooperativa/associação por ano civil e R$8.000,00 por DAP/Ano.
O recurso permite que a organização adquira a produção de agricultores familiares e ela própria forme estoque para posterior comercialização, em condições mais favoráveis, seja pelo beneficiamento e agregação de valor ao produto, seja por sua disponibilização em momentos mais oportunos em termos de preços.
O PAA e a Lei da Alimentação Escolar O Apoio à Formação de Estoques dialoga diretamente com a Lei 11.947 da alimentação escolar, uma vez que permite que as cooperativas e associações, ao formarem seus estoques, agreguem valor aos seus produtos e, ao mesmo tempo, consigam atender, com segurança e regularidade, a entrega dos produtos diretamente nas escolas de seu município.
Por exemplo: a cooperativa pode acessar o recurso da modalidade de Apoio à Formação de Estoques, estocar e beneficiar o produto, vendê-lo para a Alimentação Escolar e, à medida que for entregando os produtos nas escolas, quita a operação de Formação de Estoques junto à Conab, financeiramente.
As propostas devem ser encaminhadas para a Superintendência Regional da Conab – SUREGs localizada em seu estado. Para encontrar a relação de SUREGs por estado acesse o link: http://www.conab.gov.br/conabweb/index.php?PAG=20
Pode-se obter informações também com as Delegacias do MDA nos estados. O agricultor familiar pode vender para o PAA e outros programas?
Sim, pois são dois mercados distintos. Pode-se vender para o PAA R$4.500,00 nas modalidades de doação, mais R$ 8.000,00 na modalidade Apoio à Formação de Estoques, mais R$9.000,00 pelo PNAE (Lei nº 11.947/2009).
Veja as combinações:
CPR Estoque liquidação financeira R$ 8.000,00 + CPR-Doação R$ 4.500,00 ou CDL R$ 4.500,00 + Alimentação Escolar R$ 9.000,00 = Total R$ 21.500,00 Ou CPR Estoque liquidação financeira R$ 8.000,00 + Compra direta R$ 8.000,00 + Alimentação Escolar R$ 9.000,00 = Total R$ 25.000,00
FONTE:site MDA

"Código Florestal é uma legislação inovadora e deve ser preservado”

Os parlamentares da comissão especial que discute mudanças no Código Florestal devem votar, no começo do mês de junho, o relatório final do deputado federal Aldo Rebelo (PcdoB-SP). Na avaliação dos movimentos sociais do campo e das organizações ambientalistas, o relatório deve atender aos interesses dos ruralistas, pela ausência de um debate amplo sobre o tema.
“Os objetivos dos ruralistas são claros: consolidar o desmatamento que já promoveram no Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Caatinga; avançar na destruição da Amazônia e consolidar as áreas que já desmataram”, avalia Luiz Zarref, engenheiro florestal, especialista em agroecologia e militante do MST, em entrevista à Página do MST.
Essa comissão foi instalada em outubro para analisar o projeto do ex-deputado Sérgio Carvalho sobre um novo código. No processo de instalação, os ruralistas conseguiram o controle da comissão e passaram a comandar o ritmo do debate.
O Código Florestal é considerado uma barreira ao avanço do agronegócio, porque impõe limites à devastação ambiental na atividade agrícola, com a aplicação da Reserva Legal (RL) e das Áreas de Preservação Permanente (APP). A reserva legal é de 80%, na Amazônia; 35%, no Cerrado e 20% nas outras propriedades.
“A Via Campesina defende a manutenção do Código Florestal. Essa é uma legislação inovadora, a primeira no mundo que impõe limites ambientais à propriedade privada, privilegiando a sociedade em vez do indivíduo”, afirma Zarref.
Abaixo, leia a entrevista com o militante do MST.
Qual a sua avaliação do trabalho da comissão especial que discute mudanças no Código Florestal?
A Comissão Especial já nasceu de forma equivocada. Uma lei complexa e tão importante para o país necessita de um debate efetivamente democrático e com tempo disponível para que se construa uma reflexão aprofundada. Entretanto, o que se viu foi a criação deste espaço com grande pressão dos ruralistas, os quais exigem pressa na apresentação do relatório antes do período eleitoral, para que possam faturar politicamente. Com a presidência da Comissão nas mãos de um ruralista nato, e com as reiteradas defesas do agronegócio feitas pelo deputado Aldo Rebelo, a Comissão se furtou do debate democrático.
Quais os objetivos dos ruralistas?
Os objetivos dos ruralistas são claros: consolidar o desmatamento que já promoveram no Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Caatinga; avançar na destruição da Amazônia e consolidar as áreas que já desmataram; avançar com monocultivos de árvores e palmáceas nas poucas áreas de conservação que sobrarem;
Como foi o andamento das sessões?
Optou por ouvir apenas pessoas - ONGs, ruralistas, Cooperativas, Municípios e Estados - que defendem abertamente a mudança do Código Florestal. Diversas pessoas que apresentam uma perspectiva de manutenção do código - incluindo o ministro do STJ Herman Benjamin e pesquisadores da USP - não foram ouvidas. Os movimentos populares também não foram. Por exemplo, uma grande articulação da sociedade civil de Ribeirão Preto, com mais de 80 entidade, dentre as quais a Via Campesina, não teve direito de ser expressar sua opinião na audiência pública que ocorreu nesta cidade. Portanto, podemos afirmar que a Comissão Especial hoje cumpre um papel puramente eleitoreiro, pouco se preocupando com as reais necessidades de atualização da legislação atual.
Qual a posição dos movimentos sociais da Via Campesina?
A Via Campesina defende a manutenção do Código Florestal. Essa é uma legislação inovadora, a primeira no mundo que impõe limites ambientais à propriedade privada, privilegiando a sociedade em vez do indivíduo. Temos a clareza que, na realidade, o Código Florestal até hoje não foi implementado de fato. Já existem, na legislação atual, inúmeras garantias de assistência técnica, subsídio e flexibilização para a agricultura camponesa. O que precisamos garantir, portanto, é que sejam feitas regulamentações apropriadas sobre, por exemplo, o manejo da reserva legal, além da criação de uma robusta política pública para regularização ambiental das famílias camponesas, com assistência técnica especializada, recursos financeiros para implementação dos projetos de recuperação e garantia de comercialização para os produtos oriundos do manejo da RL e APP.
O que está em jogo nessa discussão?
Primeiramente, está em jogo a expansão da fronteira agrícola, já que o principal embate é sobre as Reservas Legais na região da Amazônia Legal. Além disto, há um grande lobby das empresas de celulose e das multinacionais que produzem óleo de palma (ou Dendê, no Brasil). Essa monocultura tem sido a responsável pela destruição de largas áreas de floresta tropical e expulsão de camponeses na Malásia e Indonésia e estão agora muito interessadas na região norte do Brasil. Em segundo lugar, está a necessidade de recuperação das áreas que já estão devastadas pelo agronegócio, principalmente as APPs, que são áreas de grande fragilidade ambiental. O agronegócio não tem interesses com a sustentabilidade - pode rapidamente retirar o dinheiro investido e levar para outro lugar, deixando os impactos e futuros desastres para as populações locais. E, em terceiro, estamos travando uma batalha entre o mito da natureza intocada e o paradigma agroecológico, da natureza produtiva.
Qual a natureza dessa batalha?
De um lado, alguns defendem a criação de parques isolado de comunidades e o cercamento de APPs e RL, impedindo seu manejo sustentável. Entretanto, essa proposta de preservação já demonstrou ser fracassada. As áreas que ainda hoje estão conservadas são áreas historicamente ocupadas por populações tradicionais, indígenas, quilombolas e camponeses. Há uma sabedoria milenar, que pode ser aliada aos avanços tecnológicos da agroecologia dos últimos 30 anos, que possibilita perfeitamente a interação entre produção e conservação nas áreas de RL, garantindo a soberania alimentar da região e do próprio país.
Como vem atuando as entidades ambientalistas e os movimentos sociais do campo?
Há um grande entendimento entre os movimentos do campo e os ambientalista de que é necessário mais tempo para que seja elaborada uma reflexão correta sobre o Código. Pela primeira vez na história dos debates, há uma real aproximação de setores do movimento ambientalista com movimentos camponeses. Apesar da CNA sempre montar seu discurso em cima dos camponeses, os movimentos do campo assumiram a dianteira do debate e em uma importante aliança com os ambientalista e pastorais sociais da Igreja, que defendem o código, exigindo que sejam criadas políticas públicas adequadas e regulamentação, em vez da destruição do ambiente pelas monoculturas.
O que os militantes sociais e ambientalistas podem fazer no próximo período?
É importante buscar a articulação de diferentes movimentos e entidades em cada região, onde se evidencie a importância da integração entre florestas e produção de alimentos saudáveis, garantindo assim uma "conservação produtiva". As áreas de RL podem ser as áreas da soberania alimentar das regiões, onde se produz alimentos saudáveis, por meio de sistemas agroflorestais. Também deve priorizar a denuncia do modelo devastador do agronegócio, e os impactos ambientais nos rios e nos solos que as monoculturas geram. Essa articulação entre movimentos do campo e da floresta com entidades ambientalistas é importante para construirmos uma proposta popular para o ambiente. Além disso, não podemos esquecer do período eleitoral. É importante que façamos denuncias dos deputados que estão comprometidos com a destruição do código florestal e do meio ambiente.
Por Igor Felippe Santos
Da Página do MST

Projeto de tomate orgânico em Três Marias é destaque na Semana dos Alimentos Orgânicos

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) participa da 6ª Semana de Alimentos Orgânicos, no período de 23 a 30 de maio. A campanha, uma iniciativa da Comissão de Produção Orgânica (CPORG), da qual a Emater-MG integra, prevê uma ampla divulgação junto aos consumidores sobre os produtos orgânicos, fazendo uma abordagem a respeito dos benefícios destes alimentos, nos aspectos nutricional, ambiental e social.
Em Belo Horizonte e região metropolitana, a CPORG, coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), programou uma agenda que inclui palestras, oficinas e mobilizações. Já no estado, um destaque será a implantação na comunidade do Bonfim, no município de Três Marias, de uma unidade demonstrativa de tomate orgânico. O projeto, que também está sendo estendido a outros municípios como Janaúba, Ressaquinha, Juiz de Fora, Capim Branco e Prudente de Morais, é desenvolvido em parceria com a Embrapa Hortaliças.
Segundo o coordenador técnico de Agroecologia, Fernando Tinoco, a proposta é gerar e validar uma tecnologia de produção de tomate orgânico, adequada à agricultura familiar. "Historicamente, a cultura do tomate consome muito agrotóxico e por isso queremos gerar uma tecnologia simples e barata, que privilegie o uso de compostos orgânicos e inseticidas naturais no plantio", explica. De acordo Tinoco, o projeto também envolve a realização de dias de campo, para expandir e multiplicar as tecnologias que forem adotadas nas unidades demonstrativas.
Em todo o estado, a Emater-MG desenvolve ações de estímulo ao cultivo orgânico, em parceiras com associações de produtores e prefeituras. Hoje, segundo o coordenador da Emater-MG, existem unidades demonstrativas que testam as seguintes culturas orgânicas: café, no municípios de São João del Rei e Conceição da Aparecida; morango, em Senador Amaral; e batata em São Sebastião da Bela Vista. A empresa também trabalha a parte educacional, promovendo seminários e dias de campo sobre agroecologia. Entre os municípios contemplados por estas ações estão: Sacramento, Itaobim, Ponte dos Volantes e São Gonçalo do Pará.
Referência em hortaliças orgânicas
Capim Branco, localizado na região central mineira, é referência no estado, quando o assunto é hortaliças orgânicas. Dez agricultores familiares locais investem na atividade. Todos têm o selo de certificação e recebem orientações da Emater-MG. O agricultor Marcos Lívio Campos é um exemplo. Só de alface, Marcos produz mil pés por dia. Já a produção de cenoura da propriedade dele chega a 120 quilos diários. Campos atribui a procura crescente pelos produtos a uma preocupação maior dos consumidores com a saúde. "As pessoas estão priorizando a saúde. Estão buscando um alimento de qualidade, sem o uso de agrotóxico, que respeita o meio ambiente", argumenta.
O também produtor de hortaliças de Capim de Branco, Marcone Xavier, concorda e ressalta o cuidado que a atividade requer ao evitar o desperdício. Xavier reaproveita tudo que gera na propriedade. Folhas, cascas de verduras e até mato viram adubo orgânico. "Não jogo nada fora e aí está a grande diferença desses produtos com os convencionais. Aqui todo o lixo orgânico é aproveitado. O esterco das galinhas que crio, misturado a outros alimentos, volta para a horta como adubo", afirma.
Agência Minas
Fonte: Site ASBRAER

Emater-PI ganha reforço da Embrapa na divulgação de novas tecnologias de produção

O objetivo principal do kit contendo um portfólio temático de tecnologias geradas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, lançado na última sexta- feira(21), no auditório central da empresa em Teresina, é de apoiar ao serviço de Assistência técnica e Extensão Rural do Nordeste. No Piauí - além de conhecimentos no campo em assentamentos e comunidades, o trabalho deverá melhorar a produção e a produtividades dos produtos da agricultura familiar e servirá como atualização dos conhecimentos das novas tecnologias geradas pela Empresa buscando agilizar o processo de aplicação das mesmas.
O evento, que aconteceu no encontro do CAE – Comitê AssessorExterno da Embrapa Meio-Norte, contou com a presença de diversas autoridades ligadas ao tema, dentre elas, o chefe da Embrapa Meio Norte, Hoston Nascimento, o pesquisador da Embrapa, ex diretor geral do Emater – PI, Francisco Guedes, Coordenador de Operações do Emater – PI, Francisco Amorim, a Coordenadora de Convivência com o Semiárido, Lucia Araújo , superintendente do Banco do Nordeste, Agostinho Neto, dentre outras.
Indicado pela Embrapa para disseminar o projeto no Piauí e demais estados do Nordeste e Minas Gerais, o ex – diretor geral do Emater, Francisco Guedes, disse que todos esses produtos agora vão ser divulgados para apoiar o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural visando aumentar o conhecimento, bem como agilizar o processo de aplicação dessas tecnologias na agricultura familiar.
"Nada melhor do que unir a pesquisa ao serviço de Assistência Técnica", explica Guedes ressaltando que se devem aplicar o mais rápido possível essas tecnologias para a agricultura familiar. "É uma alegria muito grande ser designado pela diretoria da Embrapa para desenvolver esse trabalho de relacionamento da Embrapa com o Emater", comenta.
"Fiquei muito entusiasmado com o que vi aqui. A Embrapa selecionou todo o pessoal do setor primário aqui presente e eu vejo isso com bons olhos", disse o Coordenador de Operações do Emater - PI, Francisco Amorim que, na ocasião, representou o diretor geral do Emater, Adalberto Nascimento. "Acho uma excelente iniciativa, um bom trabalho que vem ao encontro de nossas atividades na agricultura familiar", pontua.
Sobre o Kit
Formado por DVDs e livros das principais tecnologias geradas pela EMBRAPA no Nordeste, nas áreas de leite, galinha caipira,pequenos animais(especialmente caprinos, ovinos e suínos), fruticultura irrigada, horta,gado de corte e convivência com o semi-árido, o kit será uma forma deatualizar os conhecimentos dos técnicos das EMATERES em apoio ao serviço
de assistência técnica e extensão rural nas áreas dos agricultores familiares.
O material é um resultado de parceria da Associação Brasileira das Emateres do Brasil - ASBRAER, com Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, que financiou e da Embrapa que executou a confecção dos livros e Dvd’s.
--
Astrid Mª Lages Neves
Assessora de Comunicação do EMATER - PI
(86) 3216-3856/ 8851-2986
Fonte: site da ASBRAER

Curso em Conceição do Araguaia ensina a confecção de mapas para diagnóstico de assentamentos

Quinze técnicos dos escritórios regionais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) de Conceição do Araguaia e Marabá, sudeste do estado, estão em treinamento desde segunda (17) até esta sexta-feira (21) para aprender a confeccionar mapas a partir de ferramentas de geotecnologia.
Os documentos ajudarão a conduzir os Planos de Desenvolvimento de Assentamento (PDAs) e os Planos de Recuperação de Assentamento (PRAs) de 75 assentamentos federais da região, a que a Emater tem atendido por meio de convênio assinado com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2008.
O curso está sendo ministrado, na própria sede do escritório regional, pelo geógrafo Jamerson Viana, do Laboratório de Geotecnologias (Labgeo) da Emater. A duração é de 40 horas.
"Eles estão se ambientando no manuseio de arquivos vetoriais específicos, dos softwares livres que utilizamos. Os dados de satélite são coletados via gps: são as coordenadas-limite de cada lote dos assentamentos. Esses dados, então, tomam corpo gráfico. São diversas vertentes de informação: desde localização de bacias hidrográficas até marcação de áreas de uso alternativo ", explica Jamerson Viana.
De acordo com o supervisor do escritório regional de Conceição, o tecnólogo de alimentos Flávio Barros, o uso dos mapas é um instrumento que pode auxiliar até mesmo o processo de adequação ambiental das propriedades familiares: "Os mapas dispões sobre zonas de reserva legal, pasto, sistemas agroflorestais. O trabalho dos técnicos no campo será facilitado pela organização dessas informações, porque identificará as condições para um projeto de manejo florestal, e permitirá que o Incra monitore com precisão a dinâmica produtiva dos assentamentos. É mais uma ferramenta a nosso favor, e em benefício dos agricultores familiares", diz.
Texto: Aline Miranda
Fonte: site EMATER-PARÁ

Agricultores de Benevides fornecerão produtos para a merenda escolar

Vinte e cinco agricultores de Benevides são os primeiros da região metropolitana de Belém a participar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) como fornecedores de produtos hortifrutigranjeiros para compor a merenda de alunos da rede pública. Mais de 20 mil alunos de 24 escolas serão beneficiados.
A parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), intermediada pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), tem o contexto da Lei federal 11.947, regulamentada ano passado, que estabelece o mínimo de 30% de produtos da agricultura familiar na merenda escolar pública. Nesse contrato específico, assinado no último 26 de abril, serão repassados cerca de R$ 90 mil.
Os agricultores de Benevides representam duas entidades sociais: a Cooperativa Agropecuária Mista de Benevides (Coopabem) e a Associação dos Produtores Agroecológicos do Maguari. Durante os próximos 100 dias letivos, eles entregarão dez produtos para as escolas, devidamente higienizados e embalados: macaxeira, mamão, cheiro-verde, ovos, jambu, couve, jerimum, feijão verde, farinha de tapioca e banana. A entrega inaugural acontece nesta quinta-feira (20).
Todos os fornecedores são assistidos pela Emater, que atesta a qualidade dos produtos.
"É parte do nosso trabalho, também, estimular e ajudar a estruturar a comercialização. Os agricultores produzem um produto sadio, que fará bem à saúde das crianças e fortalecerá a regionalização da merenda escolar, com ingredientes como jambu e farinha de tapioca, em vez de enlatados importados, por exemplo. Eis aí um caminho de valorização das tradições agrícolas e gastronômicas amazônicas. Além disso, a comercialização local faz com que o dinheiro circule no município, levando mais qualidade de vida à comunidade como um todo. No mais, contratos assim, de médio porte, obrigam o agricultor familiar a se profissionalizar cada vez mais", diz o chefe do escritório local da Emater, engenheiro agrônomo Edowardo Shimpo.
Texto: Aline Miranda
Fonte: site EMATER-PARÁ

Primeiro Dia de Campo de abacaxi de Floresta do Araguaia será no Festival

Floresta do Araguaia, maior produtor mundial de abacaxi, terá seu primeiro Dia de Campo da fruta nesta sexta-feira (21), em evento coordenado pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri), entre outras entidades. A programação é parte do Festival do Abacaxi, cuja décima-sétima edição acontece até domingo (23) no município, localizado na região do Araguaia, no sudeste do estado.
O Dia de Campo será realizado, a partir das 14h, na Fazenda São Bento, de propriedade do agricultor Francisco Rivelino da Cruz, que tem 30 hectares plantados em sistema de produção integrada, com monitoramento constante da lavoura, conforme normas do programa federal de Produção Integrada de Fruta (Pif), do qual participa, com intermédio da Emater. Estão sendo esperados 100 agricultores.
Serão apresentadas quatro estações: monitoramento de pragas e doenças (as principais são a "borboleta" e a fusariose), fertilidade do solo e adubação (são usadas três formulações de NPK - nitrogênio, fósforo e potássio), manejo de plantas invasoras e, por último, irrigação, por aspersão e microaspersão.
Segundo o chefe local da Emater, engenheiro agrônomo Antônio José Santos, a cultura do abacaxi é consideravelmente rentável para o agricultor familiar: "A produção é sustentável. O agricultor consegue de R$ 15 mil a R$ 25 mil por hectare a cada ciclo", diz.
Hoje, cerca de mil e duzentos agricultores trabalham com abacaxi em Floresta, colhendo cerca de 175 milhões de frutos. A maior parte da safra é vendida in natura, com colheita manual. Aproximadamente 5%, segundo dados da Emater, se destinam à indústria, com fins de processamento para suco concentrado.
Texto: Aline Miranda
Fonte: site EMATYER-PARÁ

Emater –Pará distribui mudas no Ação Cidadã de Bujarú


Trezentas mudas de essências florestais (andiroba, samaumeira e mogno) serão distribuídas, neste domingo (16), pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) às cerca de mil e quinhentas pessoas que estão sendo esperadas na terceira edição do Ação Cidadã em Bujaru, nordeste do estado.
O evento, promovido por um consórcio de entidades governamentais e não-governamentais, será realizado na Paróquia de São Joaquim. A idéia é oferecer serviços de educação, saúde,  estéticos, administrativos, entre outros, para a população carente.
 Ali, além de ter emitidos documentos básicos, como registro de identidade (rg), e poder cortar o cabelo de graça, por exemplo, o participante terá a oportunidade de conhecer melhor a Emater, sendo apresentado aos projetos e diretrizes da Empresa, bem como de degustar alguns dos produtos desenvolvidos pela Unidade Didático-Agroecológica do Nordeste Paraense (UDB) - queijos, iogurtes e licores.
"Isso também é extensão rural. A extensão rural se distingue da assistência técnica no sentido de que, enquanto 'assistência técnica' é a assistência em diferentes áreas da ciência, 'extensão' diz respeito à promoção da cidadania, em suas diversas frentes, e dos aspectos políticos - não partidários, objetivamente políticos. Porque cidadania não é somente, digamos, ter título de eleitor e votar, mas também ter acesso às informações, participar da vida pública, conseguir crédito rural, capacitar-se. E tal trabalho a Emater tem como uma de suas diretrizes", explica ao assessor da presidência da Emater Felipe Bezerra. 
Texto: Aline Miranda
Fonte: Site EMATER-PARÁ

terça-feira, 18 de maio de 2010

Agroecologia e Extensão Rural: conexões para o desenvolvimento do tecido social formado pela Agricultura Familiar, com ênfase nas dimensões sociais

A Agroecologia, definida como um campo de estudos que pretende o manejo ecológico dos recursos naturais, para – através de uma ação social coletiva de caráter educativo complexo, democrático e participativo, de um enfoque holístico e de uma estratégia sistêmica – reconduzir o curso alterado da coevolução social e ecológica, mediante um controle das forças produtivas que estanque seletivamente as formas degradantes e expoliadoras da natureza e da sociedade. (Sevilla Guzmán y González de Molina, 1996)

O enfoque sócio-político da definição nos possibilita compreender as conexões existentes entre Agroecologia, Agricultura Familiar e Extensão Rural, envolvendo as relações sociais estabelecidas a partir das unidades familiares que impulsionam as unidades de produção, dentro de um contexto coletivo que considera a co-participação e co-gestão dos diferentes atores envolvidos nos processos de desenvolvimento local sustentável.

Os desafios da transição agroecológica que privilegiam a agricultura familiar perpassam pelas especificidades locais que envolvem as peculiaridades das diferentes populações do campo, atrelados ao modo de produzir dessas populações que habitam distintos agroecosistemas, envolvendo saberes e as mais diversas formas de organização social, conservação e preservação dos recursos naturais, o auto-abastecimento e a reprodução social das famílias.

A Agroecologia, enquanto ciência integradora, faz uso de metodologias educativas e participativas, com ênfase nas multidimensões da sustentabilidade, na incessante busca de transformar a realidade dos povos do campo, para uma condição de igualdade e justiça social, promovendo a melhoria da qualidade de vida dessa gente.

Cabe a extensão rural, de forma democrática e de acordo com os objetivos, diretrizes e princípios preconizados pela Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), que tem seu foco nos princípios da Agroecologia, facilitar processos demandados por indivíduos livres, conscientes e capazes de protagonizar sua própria história, com vistas no pleno exercício da cidadania, a partir de uma ética comprometida com a sustentabilidade da vida no planeta.

A extensão rural agroecológica, para atender aos anseios das diferentes populações que fazem a Agricultura Familiar brasileira, necessita capacitar seus profissionais para atuarem como “operadores” de complexidade, na acepção “moriniana” do pensamento complexo, a partir de um processo comunicacional dialógico e tecendo a noção de totalidade, que envolve o ser humano enquanto ser biológico e produtor de cultura.

Portanto, não podemos fragmentar esse tecido social que envolve a relação entre homem, natureza, sociedade, cultura e cosmos, considerando que o enfoque agroecológico da agricultura familiar exige uma ação social que envolva a conexão entre as multidimensões da sustentabilidade, com controle das forças produtivas e a eliminação da correlação de forças centrada no poder do capitalismo que desconsidera e fragiliza as trajetórias complexas dos saberes experenciados, vivenciados por agricultores e agricultoras familiares no contexto da democracia e da participação, estabelecido em prol do pleno exercício da cidadania dos diferentes povos que viabilizam a segurança e a soberania alimentar da população brasileira.

Esse argumento nos possibilita compreender sobre a proposta da complexidade que pretende religar os conhecimentos dispersos através de temáticas transdisciplinares que, de acordo com Morin, vem se constituindo em uma reflexão profunda sobre o mundo, a terra, a vida, a humanidade, as artes, a história, as diferentes culturas e o próprio conhecimento, numa necessidade urgente de rejuntar sociedade e natureza, homem e cosmos.

A Agroecologia pretende proporcionar um aporte teórico-metodológico que possibilite adequar a inserção do homem ao ambiente natural e para isso há que estabelecer um compromisso de formação de redes comprometidas com “a sustentabilidade da teia da vida”. (CAPRA, 2002)

É essa compreensão da inserção do homem ao ambiente natural ao qual se insere que nos faz repensar a extensão rural de maneira ética e responsável, desenvolvida através de uma prática educacional libertadora, em que os agentes assumem o papel de facilitadores de processos capazes de perceber as conexões para a formação do tecido social formado pela Agricultura Familiar, com ênfase nas dimensões sociais.

Tal prática educacional dá-se através de uma aprendizagem cidadã, para o alcance de uma realidade que possibilite a dignidade da condição humana, com equidade e justiça social, edificada em uma educação pluralista, transgressora, democrática e que garanta às atuais gerações o direito planetário de repensar o mundo de um modo mais ético e responsável, oportunizando assim a existência das gerações que ainda estão por vir.

Por: Baziléa de Nazaré Araujo Rodrigues(Socióloga MS.c. e Doutoranda em Agroecologia, Sociologia e Desenvolvimento Rural Sustentável da Universidad Internacional de Andalucía (UNIA) e Universidad de Córdoba (UCO), Espanha. Extensionista Rural da EMATER PARÁ. bazilear@yahoo.com.br – Belém-Pará, 16 de maio de 2010).

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Organizações da América Latina e Caribe discutem reforma agrária, soberania alimentar e desenvolvimento sustentável

A Contag sedia de hoje (17) até quarta-feira (19) a conferência regional da sociedade civil sobre reforma agrária, soberania alimentar e desenvolvimento sustentável nos países da América Latina e Caribe, principalmente no que diz respeito ao acesso e posse da terra e dos recursos naturais.

Participam do evento mais de 100 pessoas, representando cerca de 60 organizações sociais com luta focada no campo de 18 países. Os debates antecedem a Reunião de Consulta Regional que a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) estará realizando no Brasil (Itamaraty), nos próximos dias 20 e 21, sobre a responsabilidade do governo quanto à questão da terra e dos recursos naturais.

A conferência foi aberta com a mística “A Terra e a Alimentação”, coordenada pela a vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da Contag, Alessandra Lunas e por Saul Vicente.

Da mesa de abertura participaram o presidente da Contag, Alberto Broch, Marina do Santos, do Movimento dos Sem-Terra/Via Campesina, Mario Ahumada, coordenador da CIP (Comitê Internacional de Planificação) Regional da América Latina, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.

Para Alberto Broch, a realização da conferência das organizações dos movimentos sociais na Contag é motivo de dupla comemoração para a entidade. “O fato dessas organizações da sociedade civil de 18 países da América Latina do Caribe se reunirem aqui para discutirem temas como a reformas agrária, soberania alimentar e desenvolvimento sustentável, que nós já estamos debatendo há anos com a nossa base, e a três dias da grande consulta oficial que a FAO fará no Brasil sobre esse temas, é também um reconhecimento da nossa entidade”, afirmou Broch.

Outro fato importante nesse debate, acentua o presidente da Contag, “é que por essas discussões estarem acontecendo aqui, na sede dos trabalhadores(as) rurais brasileiros, isso também ajuda a prestigiar e a divulgar o nosso movimento sindical e a nossa confederação em toda a América Latina, uma vez que vimos participando dessa agenda internacional há muito tempo”.
Fonte: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias

Parceria entre Emater e Sema recupera bacia hidrográfica do nordeste paraense

Desde o ano passado, a bacia hidrográfica do rio peixe-boi, que se estende por pelo menos seis municípios do nordeste paraense (Bonito, Peixe-Boi, Capanema, Nova Timboteua, Santarém Novo e Primavera), é objeto de um projeto de recuperação ambiental encaminhado pelos escritórios locais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e as Secretarias Municipais de Meio Ambiente (Semmas).
Técnicos da Sema realizaram um levantamento sobre a situação da bacia (que compreende o rio peixe-boi, afluentes e igarapés), detectando problemas graves, como pesca predatória, assoreamento provocado pela destruição da mata ciliar e contaminação por lixo doméstico, dejetos industriais e resíduos de agrotóxicos.
"Por 'bacia hidrográfica' não se entende, digamos, só a água corrente. É todo um ecossistema gigantesco: margens, fauna, microclima", explica o engenheiro florestal, especialista em educação ambiental, José Martins Filho, chefe do escritório local da Emater em Bonito.
Ali no município, um ciclo de palestras, nos últimos 11 e 12 de maio, envolveu os agricultores familiares no Projeto. Trinta lideranças participaram de debates sobre os danos que a bacia vem sofrendo, também por conta das próprias atividades agrícola e pecuarista dos pequenos produtores: o principal dos prejuízos é a retirada indevida da mata ciliar para plantio de mandioca e feijão ou para facilitação do caminho do gado até o rio.
Além das etapas de educação ambiental, o projeto prevê, ao longo do ano, iniciativas científicas, como dragagem e reflorestamento em todos os municípios nos quais se localiza a bacia. Outro instrumento importante tem sido a emissão dos atestados digitais do Cadastro Ambiental Rural (Car) das pequenas propriedades. Este ano, a Emater de Bonito já emitiu quase 100.
Em Bonito especialmente, onde o rio peixe-boi nasce, a Emater espera que os cerca de oito mil agricultores familiares assumam seu papel na recomposição ecológica e despoluição da bacia. "A parceria com as comunidades ribeirinhas é fundamental", diz José Filho.

Texto: Aline Miranda
FONTE: Site EMATER-PARÁ

Festival do Camarão valoriza pesca artesanal de Santo Antônio do Tauá

Mais de mil pessoas estão sendo esperadas no IV Festival de Camarão de Santo Antônio do Tauá, no nordeste do estado, que acontecerá nestes sábado (15) e domingo (16) sob a coordenação do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com a Associação dos Moradores da Comunidade de Santana da Laura (APSL) e a prefeitura.
O evento acontecerá justamente na Comunidade, distante 32 km da sede do município. Ali, trinta pescadores artesanais usam "matapis" (armadilhas feitas de fibras de palmeiras) para pescar em média nove toneladas por safra (de janeiro a julho). O produto normalmente é comercializado in natura na região de Mosqueiro, pelos próprios pescadores. No Festival, porém, serão vendidos, além do camarão fresco (a R$ 2 o litro), pratos especiais baseados no crustáceo, como majurena, torta salgada e arroz paraense.
A Emater chegou a elaborar uma cartilha com as receitas culinárias, que será distribuída aos visitantes. Como forma de promover o lazer e a integração, também estará à frente de três torneios: de pesca (quem pescar o menor e o maior camarões vence), de canoa (para se descobrir o remador mais veloz) e de "poquecas", que são iscas de camarão (ganha o melhor embrulhador). Os premiados receberão cestas básicas.
O Festival é realizado em maio porque nesse mês a oferta é maior devido às mares e ao ciclo biológico da espécie macrobrachium amazonicum, também conhecida como "camarão regional".
Ribeirinhos, vivendo às margens do rio Furo da Santana, os pescadores artesanais também se sustentam do extrativismo de açaí e do plantio de mandioca.
"Mas a pesca é o carro-chefe das atividades, sendo inclusive o principal ganha-pão. Por isso a Emater tem se preocupado em organizar a cadeia produtiva. Participamos do Festival desde a primeira edição, apoiamos a criação da Associação e fazemos, desde o ano passado, o mapeamento das propriedades e da pesca, com georreferenciamento e outras coletas de dados. Queremos entender e respaldar a situação, até para facilitar o acesso desses produtores ao crédito rural", diz o técnico em agropecuária e geógrafo Ailson Cardoso, chefe do escritório local da Emater.
O Festival também tem, segundo ele, o propósito de "fazer com que os pescadores sejam reconhecidos pelo poder público municipal, facilitando a inclusão social; agregar valores à produção, buscar novos canais de comercialização e fortalecer o entrosamento entre as famílias de pescadores", conclui.

Texto: Aline Miranda
Fonte: site EMATER-PARÁ

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Feira reúne agricultores familiares de todo país em Porto Alegre

Agricultores familiares de várias partes do país participam, em Porto Alegre, de uma feira organizada para divulgar a produção das propriedades. Alimentos naturais, orgânicos e artesanatos feitos com lã, folhas, frutas e sementes. São 350 expositores em um dos maiores eventos da agricultura familiar da América Latina.
Independentemente da região, a força do setor aparece nos números. Dados do IBGE apontam que 70% do feijão produzido no país são plantados nos quatro milhões de propriedades agrícolas familiares.
Durante a visita à feira o ministro do Desenvolvimento Agrário Guilherme Cassel anunciou que a Conab está autorizada a adquirir R$ 42 milhões na compra de leite e derivados dos produtores gaúchos através do Programa de Aquisição de Alimentos.
“É uma medida do governo federal num tempo hábil para se antecipar problemas para recolher o leite que está sendo produzido e a gente manter o preço”, falou Cassel. A feira termina no domingo.
Fonte: Globo Rural

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Território nordeste paraense reúne para discutir incremento na cadeia produtiva da fruticultura

Técnicos, sindicalistas, lideranças de comunitárias e secretários municipais de agricultura reuniram-se com o técnico do BNDES, no ultimo dia 12 de maio. O encontro constitue uma nova etapa para incremento da cadeia produtiva da fruticultura no nordeste paraense.
As variedades de caju, laranja, açaí e goiaba são as prioridades para a região nordeste paraense que já desenvolve as discussões na perspectivas de arranjos produtivos locais.
Eduardo Carvalho que pertence ao departamento de economia solidária do BNDES, informou sobre acesso a recursos do banco e esclareceu sobre recursos não-reembolsáveis e enfatizou que a inclusão social, geração de trabalho e renda são observações prioritárias nos projetos analisados pelo BNDES.
Em tempo, a reunião ocorreu no município de São Miguel do Guamá, contou com a participação das entidades: EMBRAPA, EMATER-PARÁ, MDA, STTR's e Secretárias Municipais de Agricultura.

Está aberta a Pré Inscrição para o I Congresso dos Engenheiros Agrônomos da Amazônia, que será realizado nos dias 22 a 25 de novembro de 2010, no Hilton Belém.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Oficina forma mulheres de Ipixuna para vida social e política

Consagrando 2010 como o "ano feminino", o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Ipixuna do Pará, nordeste do estado, acaba de promover mais uma ação em benefício das mulheres rurais do município: 35 delas, identificadas como lideranças de oito comunidades, participaram, nos últimos 5 e 6 de maio, da I Oficina de Formação da Mulher Campesina.

Abordando temas políticos e sociais, o evento teve como objetivo "formar e informar, para que elas possam replicar o conhecimento dentro dos seus grupos, e em seu entorno", segundo a engenheira agrônoma e bióloga Lidiane Souza, chefe do escritório local da Emater.

"2010 como o 'ano feminino' não exclui os homens, obviamente. É muito mais um direcionamento de inclusão das mulheres, de inserção delas no conhecimento das políticas públicas. Queremos todos juntos, mulheres e homens, tendo iniciativa e autonomia. Hoje, infelizmente, muitas mulheres campesinas ainda não têm a mentalidade de independência, e nós consideramos que independência pode começar pelo sentido de trabalho e dinheiro próprios, mas se estende a outros campos: emocional, familiar, escolar, social etc", diz ela.

A Oficina ofereceu um ciclo de palestras e debates. Representantes da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadores na Agricultura Familiar do Pará (Fetagri-Pa) e Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (Mnepa) conversaram com as participantes sobre a importância da mulher no movimento sindical e na candidatura e eleições políticas, bem como a necessidade das organizações sociais no processo de autonomização feminina.

Profissionais da Emater também encaminharam discussões. Lidiane Souza discorreu a respeito de temas como crédito rural (sobretudo a linha Mulher do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf) e credenciamento de grupos de mulheres no fornecimento de produtos para a merenda escolar (conforme a Lei Federal 11.947, que obriga que pelo menos 30 % da merenda escolar sejam de produtos da agricultura familiar) e no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que trata de aquisição de alimentos, via editais públicos, para distribuição entre cidadãos sob insegurança alimentar, dentro da política nacional do Fome Zero.

Já o sociólogo Alcir Borges, do escritório regional de São Miguel do Guamá, expôs um histórico da trajetória da mulher na sociedade: desde os tempos em que ela figurava praticamente sem direitos civis até a ascensão do movimento feminista e a atualidade, quando as mulheres rurais já têm acesso a informações que lhes dêem autonomia e poder para lutarem por cada vez mais espaço.

"O grande desafio da mulher rural é se organizar. Eles estão digamos que agrupadas, mas não organizadas. Porque organização social de verdade faz com que as informações cheguem, com que as batalhas tenham respaldo do coletivo, com que cada uma tome consciência do gênero feminino como também protagonista da história da família, da comunidade, da sociedade e do mundo. Nesta pós-modernidade, as informações existem e estão facilitadas, mas falta um caminho funcional dessas informações até as mulheres campesinas. É isso que tentamos construir, junto com elas, por meio de capacitação continuada, entre outros apoios", explica ele.

Por ora, o número de Pronafs em nome de mulheres em Ipixuna não chega a 1%. Alguns projetos da Emater com mulheres à frente, porém, vêm se estruturando. Quinze produtoras de mel da Comunidade do Canaã, por exemplo, e doze que criam galinha caipira, das Comunidades do Bacabal e Aparecida, já estão negociando, por meio da Emater, o fornecimento de sua produção para que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) utilize na merenda escolar.
Texto: Aline Miranda
FONTE: site EMATER-PARÁ

MDA prorrogra prazo para chamada pública para projetos de agricultoras familiares

As ações são voltadas para grupos produtivos de agricultoras familiares, assentadas da reforma agrária, extrativistas, quilombolas, pescadoras artesanais e indígenas. Preferencialmente, estes grupos devem estar inseridos nos 120 Territórios da Cidadania. Deverá constar no projeto básico, entre outras, a identificação das categorias sociais, o número de beneficiárias por grupos e o nome dos municípios em que estão localizadas.
As propostas podem ser apresentadas para uma das três modalidades de apoio. Na primeira, Apoio aos Grupos Produtivos de Mulheres Rurais, as proposições devem obedecer o limite mínimo de R$100 mil e máximo de R$ 200 mil. Na modalidade Apoio às Redes de Organizações Produtivas as propostas devem obedecer ao limite mínimo de R$200 mil e máximo de R$ 800 mil.

Nos dois casos, as propostas devem contemplar a meta obrigatória de formação e capacitação de produtoras rurais e/ou assessoras técnicas em gênero e políticas públicas para mulheres rurais e ao menos quatro das seguintes metas associadas:

- capacitação de produtoras rurais e assessorias técnicas; estímulo à adoção de práticas; intercâmbios; realização de estudos, pesquisas, diagnósticos e sistematização de experiências; fortalecimento da gestão participativa, apoio às ações de comercialização; qualificação do processo de beneficiamento e transformação; apoiar as unidades de beneficiamento do pescado.

Na terceira modalidade, Apoio às Feiras da Economia Feminista e Solidária, o objetivo é apoiar a realização de Feiras da Economia Feminista e Solidária, no âmbito territorial, estadual ou regional. Nesta modalidade, as propostas devem obedecer os limites de R$ 300 mil para feiras estaduais e R$ mil para as regionais. Nas três modalidades, os recursos são destinados para despesas de custeio, com exceção dos projetos voltados para mulheres pescadoras, aquicultoras familiares e ribeirinhas, que poderão ser contemplados com recursos para infraestrutura.

O Programa de Organização Produtiva das Mulheres Rurais tem como diretrizes, a promoção da igualdade de gênero; a economia feminista e solidária; os sistemas de produção sustentáveis e segurança alimentar; a geração de renda e agregação de valor; raça e etnia; gestão econômica; redes de grupos de produção de trabalhadoras rurais; as redes sócio-assistenciais e a capacitação e controle social.

As propostas devem ser enviadas para a Assessoria Especial de Gênero, Raça e Etnia (AEGRE/MDA) no endereço: Setor Bancário Norte – SBN, Quadra 1, Edifício Palácio do Desenvolvimento, 21º Andar sala 2104, CEP 70057-900 Brasília/DF. PRAZO DE ENTREGA 17/05/2010.

FONTE: site MDA

terça-feira, 11 de maio de 2010

Chamada Fomento a Projetos de Diversificação Econômica e Agregação de Valor

A chamada para Fomento a Projetos de Diversificação Econômica e Agregação de Valor na Agricultura Familiar é um instrumento importante para democratizar o acesso e dar transparência aos recursos disponibilizados, em especial, às políticas do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA e da Secretaria da Agricultura Familiar - SAF, destacando-se o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.
Em 2010 a Chamada de Projetos se coloca como um dos principais instrumentos para a
execução orçamentária da ação de Fomento a Projetos de Diversificação Econômica e Agregação de Valor da SAF/MDA, apoiando instituições que trabalham com essa temática na agricultura familiar.
Os processos seletivos atendem, de forma geral, aos agricultores familiares e seus empreendimentos classificados conforme definido pela lei da Agricultura Familiar (Lei n° 11.326. de 24 de julho de 2006).
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar - SAF, vem através desta chamada de projetos, apoiar ações de apoio a inclusão da Agricultura Familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dos Produtos Orgânicos.

Prazo Prorrogado até 14/05/2010, maiores informações no site do MDA, link abaixo:
http://www.mda.gov.br/portal/saf/programas//div

Fonte: Site do MDA

Por que e para que um blog sobre Agricultura familiar e extensão rural???


Há algum tempo eu venho pensando, na “possibilidade” de um espaço de discussão sobre questões ligadas ao meio rural e assistência técnica e extensão rural. Hoje nas redes sociais – Orkut, facebook, twitter... existem iniciativas que contribuem para o enriquecimento do debate. Com o blog Agricultura familiar e extensão rural estaremos oportunizando informações referente à nossa região amazônica, com linguagem acessível e direta. Nessa perspectiva o espaço se propõe a oportunizar informações, relatar experiências, criar  fóruns de debates, entre outras iniciativas.
Penso, que o debate é oportuno, a agricultura familiar contribuem significativamente com o desenvolvimento do Brasil, de acordo com o NEAD “...somente em 2003, a agricultura familiar foi responsável por 10,1% do PIB do agronegócio, movimentando R$ 156,6 bilhões”. Além de abastecer com alimento os lares brasileiros e garantir com o governo federal a compra dos produtos para a merenda escolar.
O Blog visa alcançar agricultores e agricultoras rurais, técnicos, pesquisadores, estudantes e todas as pessoas que se interessam no assunto.
A cada semana teremos um artigo para roda de debates, noticias do que acontece em nossas regiões e a série entrevista.
Espero que a idéia agrade e que, sobretudo possa avançar da “possibilidade” de espaço para a concretização!
Um grande abraço!
Alcir Borges